A casa dia mais adolescentes estão se tornando dependentes dos computadores


O menino chega da escola, senta no computador, não almoça, não tira a farda e quando eu ou o pai chama atenção ele só reclama, acha ruim”. Esta é a reclamação da dona de casa Lúcia Souza que afirmou para a nossa reportagem não saber mais como tirar o hábito do filho em querer passar o tempo todo frente à tela do computador.
Além da declaração de uma mãe, a nossa reportagem conversou com um adolescente, onde declarou que se sente mal quando não acessa a internet. “Sempre que chego da escola, é uma coisa incrível, pois não sei chegar e fazer outra coisa a não ser sentar em frente á tela. Minha mãe briga, mas tento sempre driblar ela e logo abrir meu MSN”, contou o adolescente.
Para Lúcia, mãe do adolescente que sempre se preocupa com a dependência do filho em querer sempre ficar em frente a tela, o problema pode ser solucionado com a ajuda de um psicólogo. “Ele já é demais, perde até a fome, com isso eu nem brigo mais, antes eu batia, reclamava, chamava sempre atenção, mas acredito que esteja precisando de um psicólogo”, comentou a mãe.
Para entender as causa e conseqüências da problemática identificada por alguns pais como dependência digital, conversamos com o psicólogo Ary Nepote, onde revelou que o principal fator contribuinte para a dependência é a ausência da família nos momentos fundamentais da vida do adolescente ou da criança.
Conforme Nepote, a família atual não vive mais junto, morrem juntos. “Com esta afirmação eu avalio que todos os fatores que estão causando problemas nas famílias atuais foram provocados pela ausência ou participação dos pais na vida dos filhos, isso é motivado também quando o indivíduo senta-se na mesa na hora das refeições de boné, importam-se mais com a televisão do que com a vida do outro, valorizam mais as atividades da rua do que as de casa, em fim muita coisa é responsável pelo quadro de desestruturação da família que está presente nos dias de hoje”, comentou.
Ainda de acordo com o psicólogo, a inadequação do relacionamento familiar produz a solidão em função de interesses particulares onde não se troca idéias. “Vivem de maneira inadequada, não trocam idéias dentro de casa, ficam afastados um do outro embora permaneçam embaixo do mesmo teto, sendo assim, sentem-se isolados e ao mesmo tempo são levados a uma solidão que muitas vezes buscam refúgios em frente as telas de computadores”, salientou Ary Nepote.

Clécia Rocha
Jornalista em formação

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