JAIR BOLSONARO

"A partir do momento em que dois homens adotam uma criança, ela será homossexual, porque terá orientação nesse sentido."
Por Driele Veiga
Bahia Notícias – O STF aprovou a união estável entre pessoas do mesmo sexo. O senhor se mostrou contrário à decisão e chegou a dizer em entrevista que agora só faltam aprovar a pedofilia. Mas, deputado, pedofilia é crime. O senhor considera o amor entre pessoas do mesmo sexo crime?
Jair Bolsonaro – Minha grande briga nessa questão é o material didático que está pronto e sendo entregue no primeiro grau. Dizem que é para combater a homofobia, mas vai estimular o homossexualismo. A partir do momento em que dois homens adotam uma criança, ela será homossexual, porque terá orientação nesse sentido e, muito em breve, esse casal vai usar essa criança sexualmente. Qual educação que essa criança vai ter? Eu não admitiria um filho meu de quatro, cinco anos de idade brincar com o filho de um homossexual, porque eu não sei o que está acontecendo na casa. Se meu filho ver dois homens se beijando vai me perguntar: ‘Papai, quem é o pai dele?’ O que eu vou responder? Quem não pode ter filho que não tenha. Com exceção dos casais heterossexuais que podem adotar ou fazer inseminação.
BN – Se o senhor tivesse um filho homossexual, qual seria a sua postura?
JB – Se eu tivesse? Eu parto do principio de que certas coisas são como a morte. Eu não raciocino. Por exemplo, não penso em meu filho morrendo. Meu filho mais velho tem 30 anos e o mais novo 13. O garoto é produto do meio. Se for criado por homossexuais, ele terá 90% de chances de ser. Se é filho de cheirador e maconheiro, as chances são enormes de ser assim também. O certo é que eu teria vergonha se tivesse um filho homossexual. Tem homossexual que quer impor seu comportamento gay para a sociedade. Não interessa se eu, você, ou seja lá quem for, é gay. Só não dá para impor nas escolas que uma relação entre pessoas do mesmo sexo é normal.  Eu não iria espancar, nem dar porrada, se meu filho fosse. Mas, sentiria vergonha. Isso não passa na minha cabeça. Está bem resolvido. Se acontecer, a gente vê como fica.
BN – O senhor tem algum parente gay?
JB – Eu acho que sim. Um primo. Não o vejo há muito tempo, mas acho que sim. Já tive funcionário gay e nunca tive problema nenhum. Mas, já tive um que quis usar o gabinete para aliciar pessoas e mandei embora, assim como mandei um heterossexual que adotou a mesma postura.
BN – Algumas pessoas consideram que, diante de declarações tão radicais sobre os gays, o senhor é um gay que ainda não saiu do armário. O que o senhor tem a dizer sobre declarações desse tipo?
JB – (Risos) Quando a pessoa perde o argumento, rebater é normal. Quem é contra está no armário. Quem é a favor já experimentou. Isso é o que eles falam. Seguindo esse raciocínio, o mundo é gay. Agora, te pergunto: Uma mulher quando está grávida, e você pergunta o sexo, ela responde só duas coisas: menino ou menina. Ela não diz é gay. Não adianta querer que isso seja normal, porque não é.
Foto: Laycer Tomaz/Agência Câmara


"(Jean Wyllys) Não tem nada para oferecer à sociedade. Ele é o lixo do lixo dentro da Câmara."

BN – Como é conviver com companheiros de profissão que são homossexuais?
JB – Você acha que não tem gay no exército? É normal. No gabinete, no momento não tem, mas quando tinha não tive problemas. Não me interessa a vida de ninguém fora do ambiente de trabalho.
BN – O que o senhor acha do Kit Gay?
JB – Kit gay? Imagine! Três filmetes: Encontrando Bianca, Boneca na mochila e Probabilidade. O resto são cartazes cartilhas de como a garotada deve aceitar quem tem opção diferente do hetero. Isso pode colocar no segundo grau. Mas, no primeiro, não pode. Vai estimular o homossexualismo.
BN – O que o senhor acha de Jean Wyllys?
JB – Não tem nada para oferecer à sociedade. Ele é o lixo do lixo dentro da Câmara. As bandeiras dele são: casamento gay, adoção de crianças e aprovação do projeto de Lei 122 que prevê o combate à homofobia. Mas, na verdade, não combate nada.
BN – O senhor declarou também que estava sendo discriminado por ser heterossexual. Ainda está?
JB – Não.
BN – Agora os gays estão lutando para aprovar a Lei contra a Homofobia. O senhor será favorável ou contra?
JB – Não posso ser a favor. Imagine um casal de gays em um restaurante ou na igreja se acariciando ou se beijando. Isso não é aceitável. E, com o projeto, tudo o que é permitido em local privado e público por um casal hetero tem que ser permitido para um casal homossexual. Eu não vou aceitar ver na igreja um casal homossexual de mãos dadas e nem se acariciando em um restaurante. Se eu concordar com esse projeto, pessoas que pensam como eu poderão pegar pena de três a cinco anos de prisão.
BN – Para o senhor, qual é o estado brasileiro que tem mais gay?
JB – Não sou especialista no assunto (risos). A Bahia, talvez. Estou brincando. Você quer que o povo dos estados se volte contra mim? Está certo: Sergipe com certeza. (muitos risos).


BN – As suas declarações são sempre polêmicas. O senhor teme algum dia ser cassado pelo que fala?
JB – Se eu não tiver liberdade para falar, quem vai ter? O soldado que vai à guerra e tem medo de morrer é covarde. Você acha que quando Fidel Castro morrer eu não vou dizer que está sentado no inferno na mesma bancada que Bin Laden e Che Guevara?
BN – Como é a sua relação em casa com os seus filhos? O senhor é daqueles que batem em vez de conversar?
JB – Minha relação é na base da conversa. Eu jogo bola com meus filhos. É ótima.
BN – Diante desse assunto do restaurante, me surgiu uma curiosidade. Se o senhor chegasse em casa e encontrasse a sua esposa com outra na cama. Qual reação o senhor acha que teria?
JB – (Risos) Você está parecendo repórter do CQC. O cara quando é solteiro diria que traçaria as duas. Mas, quando casa e tem filho, ele e sua companheira já sabem o que querem na particularidade. A chance é quase zero. Se acontecesse, pediria o divórcio.
BN – O que seus filhos acham de suas posições?
JB – Eles vibram. Eu não sou melhor do que ninguém. Eu sou independente e livre. Não estou em grupos para apoiar ninguém. Coloco para fora o que acho que tenho que por.
Foto: Brizza Cavalcante/Agência Câmara

"Essa OAB é uma brincadeira. Defende exatamente quem está do outro lado da Lei. A maior tortura da OAB é proibir o pessoal que termina a faculdade de advogar. Inventa concurso para Ordem ganhar dinheiro."
BN – O senhor é tão polêmico que defendeu até o fuzilamento do presidente FHC. Por que o senhor acha que ele deve ser fuzilado?
JB – Sim. Fuzilar é uma forma de expressão.
BN – Diante disso, o senhor é a favor da pena de morte?
JB – Defendo a pena de morte sim. Em um país que não tem, a bandidagem aumenta.
BN – O senhor é a favor da tortura?
JB – Depende do que é tortura. Confunde-se no Brasil tratamento enérgico com tortura. Aqui todo mundo diz que é torturado para o povo ter compaixão. Um cascudo em alguém é tortura. Aqui o governo deixa o bandido matar um inocente para não tomar uma atitude mais enérgica com o bandido. Essa OAB é uma brincadeira. Defende exatamente quem está do outro lado da Lei. A maior tortura da OAB é proibir o pessoal que termina a faculdade de advogar. Inventa concurso para Ordem ganhar dinheiro.
BN – Já que estamos falando de polêmica, vamos entrar em assuntos mais polêmicos ainda. O senhor é a favor do aborto?
JB – Sou favorável em caso de estupro ou problema de saúde da mãe, mas sabemos que existem inúmeros abortos ilegais. Mas, para não vermos cenas como recentemente vimos nos jornais, de uma mãe jogando um bebê na lixeira, teria que ser aprovado o direito da mulher ou do homem fazerem laqueadura ou vasectomia, independentemente de idade e quantidade de filhos. Hoje, para você ter esse direito, tem que ter no mínimo dois filhos e certa idade.
BN – O senhor já propôs a alguma namorada sua realizar o aborto?
JB – Não. A minha formação familiar e militar aumenta as chances de casamento. Eu sou conservador. Não há essa vida promíscua. Quis todos os meus filhos.
BN – E em relação às drogas? Qual a sua posição? Ou seja, o senhor é a favor da legalização, por exemplo, da maconha?
JB – De forma alguma. Se com leis contrárias o Brasil já está do jeito que está, imagine se fosse legalizado. A partir do momento em que o usuário não tiver pena, eles não vão ligar pra nada. No Rio, eles assaltam com fuzil na mão e essas atividades estão relacionadas à droga. Tem que penalizar sim. Sou contra a legalização. Eles têm que saber que no Brasil tem Lei. A maior mentira que existe é o trabalho comunitário. Pega um vagabundo que matou e vai botar para fazer trabalhos sociais? Que exemplo ele vai dar? Tem que tirar o cara do convívio social.

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