Após 60 pedidos da defesa indeferidos e 2 mil páginas de processo lidas, a Justiça mandou a Júri todos acusados da "Chacina" de Crisópolis-BA
Quarta, 27 de Março de 2013 - 11:00
Acusados da ‘Chacina de Crisópolis’ vão a júri popular
por Camila São José.
FONTE: http://www.bahianoticias.com.br/justica/noticia/45911-acusados-da-%E2%80%98chacina-de-crisopolis%E2%80%99-vao-a-juri-popular.html
Os cinco acusados da “Chacina de Crisópolis”, ocorrida em fevereiro de 2011 na cidade do nordeste baiano, irão a júri popular. A decisão foi do Juízo dos Feitos Criminais da Comarca de Olindina, interior da Bahia. Os réus responderão por “homicídio qualificado pelo motivo torpe e pelo meio que impossibilitou toda e qualquer defesa e quadrilha armada” com incidência de “homicídio praticado por grupo de extermínio”. Marc Renes Oliveira de Souza, o "Marquinhos", Gidenilson da Silva Santos, o "Nego Dene", José Agnaldo Santos Silva, o "Zé de Lia", e Bento José de Souza, o "Bentinho", atuavam ilegalmente como vigilantes e eram liderados pelo sargento PM Raimundo Alves da Costa, o Ninho. Juntos eles integravam uma quadrilha especializada em crimes de extermínio. Na noite do dia 4 de fevereiro, em Jenipapo, zona rural de Crisópolis, a bordo de um Palio na cor prata, eles dispararam tiros contra Evanildo Dantas dos Santos, José Milton de Souza, José do Monte, Ailton Moraes da Silva, Jorge Batista do Monte, Sivaldo Neves do Monte e Abelardo de Jesus Xavier, que se encontravam na varanda de casa jogando dominó. A princípio a quadrilha procurava por Edson Silva da Fonseca, conhecido como Ricardo ou Tinho de Binho e Edvânio Neves Xavier, o Galego, ambos com passagens pela Polícia, acusados de crimes de tráfico e contra o patrimônio. Os alvos ameaçariam matar Bentinho, Nego Dene e Zé de Lia. Quando chegaram na casa de “Galego”, ele e o comparsa não se encontravam, o grupo então recebeu a ordem por telefone celular, do sargento Raimundo, para matar todos os que estavam no local, sob o argumento de que eram ladrões. Em depoimento o PM pediu absolvição alegando que não estava na localidade no dia do crime e que a escuta telefônica não comprovaria nada contra ele. Todos os acusados responderão pelo crime em regime de cárcere privado.
0 Comentários