Lei 13.827 autoriza delegado ou policial, além do juiz, afastar do lar autor de agressão doméstica
Altera a
Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), para
autorizar, nas hipóteses que especifica, a aplicação de medida protetiva
de urgência, pela autoridade judicial ou policial, à mulher em situação
de violência doméstica e familiar, ou a seus dependentes, e para
determinar o registro da medida protetiva de urgência em banco de dados
mantido pelo Conselho Nacional de Justiça.
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O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber
que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o Esta Lei altera a
Lei
nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), para autorizar, nas
hipóteses que especifica, a aplicação de medida protetiva de urgência, pela
autoridade judicial ou policial, à mulher em situação de violência doméstica
e familiar, ou a seus dependentes, e para determinar o registro da medida
protetiva de urgência em banco de dados mantido pelo Conselho Nacional de
Justiça.
Art. 2º O Capítulo III do Título III da
Lei nº
11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), passa a vigorar
acrescido do seguinte art. 12-C:
“Art. 12-C. Verificada a existência de risco atual ou iminente à vida ou à integridade física da mulher em situação de violência doméstica e familiar, ou de seus dependentes, o agressor será imediatamente afastado do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida:I - pela autoridade judicial;II - pelo delegado de polícia, quando o Município não for sede de comarca; ouIII - pelo policial, quando o Município não for sede de comarca e não houver delegado disponível no momento da denúncia.§ 1º Nas hipóteses dos incisos II e III do caput deste artigo, o juiz será comunicado no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas e decidirá, em igual prazo, sobre a manutenção ou a revogação da medida aplicada, devendo dar ciência ao Ministério Público concomitantemente.§ 2º Nos casos de risco à integridade física da ofendida ou à efetividade da medida protetiva de urgência, não será concedida liberdade provisória ao preso.”
Art. 3º A
Lei nº 11.340, de 7 de agosto
de 2006 (Lei Maria da Penha), passa a vigorar acrescida do seguinte art.
38-A:
“Art. 38-A. O juiz competente providenciará o registro da medida protetiva de urgência.Parágrafo único. As medidas protetivas de urgência serão registradas em banco de dados mantido e regulamentado pelo Conselho Nacional de Justiça, garantido o acesso do Ministério Público, da Defensoria Pública e dos órgãos de segurança pública e de assistência social, com vistas à fiscalização e à efetividade das medidas protetivas.”
Brasília, 13
de maio de 2019; 198o da Independência e 131o
da República.
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