Em 1999, a cidade de Diadema, na grande São Paulo, era a mais violenta entre as que tinham mais de cem mil habitantes no estado. A média mensal de homicídios era de 31,2. Mas após um programa prioritário de combate à violência, em apenas três anos essa média caiu para 12,5.


A prioridade no combate à violência é uma das razões pelas quais Diadema tornou-se a primeira cidade a iniciar um programa de parceira para o desarmamento entre a prefeitura, o governo federal e entidades civis, como a ONG Instituto Sou da Paz e a Igreja Católica. O programa está viabilizando diferentes postos de recolhimento de armas nas comunidades, de forma a facilitar a entrega de armas pela população.


A cidade de Diadema desenvolve desde 2002 atividades para o desarmamento e combate à violência. Nos últimos três anos, em parceria com a editora Abril, trocou mais de dez mil armas de brinquedo por revistas em quadrinhos. Em agosto do ano passado, junto com o Instituto Sou da Paz, a prefeitura promoveu um curso para que os guardas civis municipais dêem palestras nas escolas sobre desarmamento e os perigos das armas de fogo.


A atual gestão da prefeitura também conseguiu diminuir o número de crimes na cidade, após elaborar estatísticas detalhadas sobre os crimes, sua natureza, locais e horários em que ocorriam. Depois foi elaborado um plano municipal de segurança pública, que integrou as políticas públicas com a ação da policia militar.


Uma das providências tomadas foi uma lei que fecha os bares das 0h até às 6h da manhã. Segundo a secretária de Defesa Social de Diadema, Regina Miki, "60% dos homicídios aconteciam das 23h às 4h, em estabelecimentos que vendiam bebidas alcoólicas".


Segundo a secretária, atualmente grande parte dos homicídios ocorridos na cidade é fruto "de pequenas discussões que acabam resolvidas com armas de fogo, principalmente revólveres 38. Esperamos com esse programa reduzir em até 50% os homicídios na cidade".


Fonte: Agência Brasil

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